segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Não, agora não!

Ela nasceu brilhante.
Falava em palavras douradas,
Nadava em águas pintadas
De um intenso diamante.

Ele sentiu, por um instante,
No seu coração mergulhadas,
Grandes, fortes pancadas,
Que o colocaram distante.

Três gritos foram ouvidos.
Ela, pálida, caiu sobre uma concha
E os olhos fechou, já sem sentidos.

Ele eternamente chorou com os amigos.
"-Não, agora não!", gritou.
Mas o corpo ali permaneceu, na solidão dos perigos.